Depois de havermos feito a conferência no Grupo Espírita Fé e Esperança, satisfeito com as Benções recebidas, fomos gozar nossas férias de dezembro, em Minas, numa Fazenda de amigos, situada em Santa Helena.
Levamos conosco uma caixa de remédios homeopáticos.
E, num meio familiar de gente boa e simples, amiga e crente, estreamos nossa humilde mediunidade curadora e intuitiva.
Demos passes em muitos doentes, fluidificamos-lhes a água e lhes distribuímos, gratuitamente, a homoepatia.
No fim de uma semana, éramos chamado para atender a muitos enfermos do
corpo e da alma.
Todavia, irmãos outros, residentes naqueles redores, fazedores de chás, curandeiros insensíveis, que exploravam seus irmãos, cobrando-lhes grandes importâncias em dinheiro pelas suas visitas e beberagens, sentiram-se contrariados com a nossa chegada, com o nósso modo de proceder e vigiavam
nos...
Numa manha, (e bem nos lembramos ainda assustado) fomos chamado para assistir uma senhora pobre.
Concebera uma linda menina e achava-se com febre e em estado de extrema fraqueza e miséria.
Comparecemos acompanhado do caríssimo irmão Manoel Epaminondas e verificamos que a enferma era portadora de febre puerperal e pneumonia e residia numa casa toda esburacada, sem nenhum conforto.
Seu marido, um pobre homem, crente e humilde, vivia de biscates como barbeiro.
Demos passes na doente e lhe fluidificamos um garrafão dágua.
É preciso declararmos, aqui, que nada fazíamos sem antes pedirmos a ajuda de mais Alto pensando no Espírito do bon- aoso Amigo Dr. Bezerra de Menezes.
Por intuição desse Espírito caridoso, demos determinados remédios homeopáticos à irmã enferma. E, porque nos sabíamos vigiado, tivemos os primeiros sustos na Tarefa mediúnica, tanto mais quanto alguns familiares nos sobreavisavam:
— E se a mulher morrer então, você será procurado pela Polícia e terá que prestar dolorosas contas.
Passamos, pois, uma noite cheia de receios, de pungentes apreensões...
Pela madrugada, alguém bate à janela de nosso quarto. Mais amedrontaao ficáramos e com a impressão de que a nossa doente havia desencarnado...
Levantamos e, conosco, assustados, levantaram todos os familiares...
Fomos ver quem batia. Era o Barbeiro, o marido de nossa doente, que, com lágrimas nos olhos e gaguejando, nos foi dizendo:
— Moço, dê-nos novo remédio, nossa mulher melhorou muito. Tá está sem febre e pediu-nos alimento...
Ganhamos Alma Nova.
Demos-lhe, satisfeito, outro garrafão de água fluídica. Depois, fomos ver a nossa enferma e, de novo, sob a assistência de Bezerra de Menezes e do Padre Germano, lhe demos passes e mais água fluida, deixando-lhe novos medicamentos homeopáticos.
No fim de uma semana, graças a Deus, estava fora de perigo.
E, mais tarde, ficara totalmente curada.
Os vizinhos, condoídos do acontecimento, levaram-lhe alimentos, roupas e frutas.
Até o Barbeiro logrou uma colocação numa venda pouco distante.
Quando regressamos, se bem que ainda doente, sentindo, de quando em quando, tonteiras e algo chicoteando nosso sistema nervoso, trazíamos um paraíso na alma, pelos sustos abençoados que tomamos e pelas Bênções recebidas da Misericórdia de Deus!
E nossa Estrada de Damasco estava à vista...
(Extraído do livro Lindos Casos de Bezerra de Menezes, por Ramiro Gama)
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Bezerra de Menezes
... agradeçamos, antes de tudo, a bênção do intercâmbio entre nós outros e o ensinamento evangélico que nos é administrado pela Doutrina Espírita sob nova luz.
Indubitavelmente, trazeis convosco as lides e dificuldades, as indagações e lutas que vos falam de perto a cada um.
Aspirais a colher soluções às provas que vos visitam e muitos, naturalmente, aguardais uma palavra individual do Mais Além, que vos acode o espírito em mais alto nível de entendimento, Ainda assim, somos nós os companheiros humildes do limiar quem vos encontra no pórtico da comunicação entre os dois planos de vida, não apenas saudando-vos a fé e a bondade, mas igualmente
para dizer-vos que, por enquanto, somos problemas que se unem na mesma expectativa a superar as sombras que ainda nos assaltam os caminhos.
... perseveremos na tarefa de estudar, clareando a estrada que se nos desdobra à frente e de servir-nos uns aos outros para aquisição da luz que nos propomos fixar em nós.
Muitos são os amigos espirituais presentes às nossas orações e por nós – através de nossa palavra singela – vos desejam paz e alegria,
segurança e êxito na execução dos compromissos que assumimos.
Embora o nosso anseio de responder-vos individualmente, no intercâmbio, somos forçados, muitas vezes, pelas circunstâncias a restringir-nos à prece em comum- em cujo clima – surpreenderemos sempre as sugestões do Mais Alto, acendendo novas flamas de amor que nos orientam para diante.
... aguardemos o melhor, trabalhando e amando.
Extraído do livro Bezerra, Chico e Você - Médium Francisco Cândido Xavier
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... há situações que constituem a nossa prova aflitiva e áspera, mas redentora e santificante. Perdoemos as pedras da vida pelo ouro de experiência e de luz que nos oferecem. E, sobretudo, armemo-nos de coragem para o trabalho, porque é na dor do presente que corrigimos as lutas de ontem, acendendo abençoada luz para o nosso grande porvir.
Extraído do livro Bezerra, Chico e Você - Francisco Cândido Xavier
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Em três de maio de 1922, o Grupo Espírita Fé e Esperança, como o querido Campos previra, foi inaugurado.
Por intermédio de terceiros, soubemos da grande solenidade.
De longe em longe, passávamos pela sua frente.
E sentíamos uma profunda dor dentro do coração, por dois motivos: por havermos magoado o Espírito de um homem de bem e por não ser aquele imóvel, tão grande e tão belo, o Grupo Escolar de Entre-Rios...
Em 24 de junho de 1922, o Fé e Esperança anunciara, publicamente, a solenidade comemorativa de seu Patrono João Batista, com uma conferência, que seria pronunciada pelo estimado e conhecido tribuno Viana de Carvalho, no dizer de Manuel Quintão, um dos valores espíritas mais sinceros e cultos.
Dirigíamos uma Escola e ainda o semanário o Entre-Rios e, mais por curiosidade e também para buscarmos assunto novo para o nosso jornal, fomos assistir a conferência anunciada.
Encantamo-nos da cultura, da inspiração e do verbo eloqucnte do grande Orador espírita.
Focando um assunto evangélico, parece-nos, sobre a Parábola dos Talentos, arrebatou-nos,
comoveu-nos, surpreendeu nos, levando-nos ao coração a semente primeira dos Ensina santos de Jesus.
Para documentar suas razões, citou Lindos Casos da vida de Bezerra de Menezes, o primeiro dos Espíritas do Brasil que, não pondo a candeia debaixo do alqueire e demonstrando coragem e convicção, sinceridade e abnegação na sua Tarefa, colocou no Candeeiro da Imprensa diária do Rio, pelo jornal O Pais, as Luzes da Terceira Revelação, os deslumbrantes conceitos sobre o Livro da Vida, tão ainda desconhecido e desestimado.
Fomos para casa encantado com a palavra de luz de Viana de Carvalho e com os Casos Lindos de Bezerra de Menezes, cujo nome, pela segunda vez, ouvíamos e, por ele, começamos a ter inusitada simpatia, tanto mais quanto fora daqueles que, na sua Missão exemplar, mais aproveitaram os Talentos, na possibilidade de
servir, amar, ser melhor e exemplificar os Ensinos do Amigo Celeste.
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Bezerra de Menezes
... Um prato de soma, em nome do Mestre, vale mais que centenas de palavras vazias, quando as
palavras estão realmente vazias de compreensão e de amor.
Entreguemos ao Senhor as lutas estéreis a que somos tantas vezes provocados e prossigamos,
com Ele, no trabalho edificante do Bem.
Do livro Cura, Francisco Cândido Xavier
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